Tudo sobre venda consultiva: o que é, vantagens, etapas, como fazer (na prática) e as habilidades para trabalhar na área

Muito mais do que apenas jogar o valor, atuar com Venda Consultiva é atuar como consultor e isso é um diferencial competitivo

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Índice

Antes de tudo, venda consultiva é uma abordagem em que o vendedor atua como consultor: em vez de começar pela oferta, ele começa pelo diagnóstico, escuta o cliente, investiga necessidades, restrições e objetivos e, só então, recomenda a solução mais adequada.

Como resultado, fica simples de entender: propostas mais certeiras, clientes mais satisfeitos e, consequentemente, menos cancelamentos, além de ganho real em métricas como ticket médio, LTV e previsibilidade do funil.

Além disso, em um mercado em que o comprador chega mais informado, a venda consultiva deixa de ser “um estilo” e, sobretudo, vira um diferencial competitivo: o vendedor não compete por informação, compete por clareza. A seguir, você encontra um guia completo, com definição, diferenças para a venda tradicional, vantagens, etapas, técnicas, frameworks de qualificação e habilidades essenciais.

O que é venda consultiva?

Em outras palavras, a venda consultiva (ou vendas consultivas) é um modelo no qual o profissional comercial assume a postura de especialista em diagnóstico e recomendação.

Em vez de conduzir a conversa para “fechar a qualquer custo”, ele conduz para entender o problema certo, priorizar o que importa e construir, junto com o cliente, o caminho mais seguro para atingir um resultado.

Na prática, isso significa, por exemplo:

  • investigar o contexto do cliente (processos, metas, desafios e restrições) antes de ofertar;
  • fazer perguntas que abrem o raciocínio e, assim, revelam o problema raiz;
  • traduzir dor em impacto (tempo, custo, risco e oportunidade) para dar clareza;
  • propor uma solução personalizada e, portanto, justificável.

Nesse sentido, a empresa ganha eficiência porque reduz retrabalho, diminui churn e, além disso, aumenta a qualidade do pipeline.

Venda tradicional vs. venda consultiva: qual a diferença?

A princípio, a diferença não é “ser simpático” ou “fazer perguntas”. Na verdade, a diferença é onde está o foco e, sobretudo, como a decisão é construída.

Venda tradicional (centrada na oferta)

Em geral, começa com produto, features e condições. Além disso, o vendedor tenta convencer pela persuasão e, frequentemente, o diagnóstico é superficial (quando existe). Do mesmo modo, a conversa segue um roteiro rígido, enquanto objeções viram “barreiras a derrubar”. Por fim, o sucesso é medido pelo fechamento imediato.

Como consequência, o risco típico é o cliente comprar sem clareza; assim, a expectativa fica desalinhada e, logo depois, o pós-venda paga a conta (insatisfação e cancelamento).

Venda consultiva (centrada no cliente e no resultado)

Por outro lado, começa com contexto, dor, objetivo e restrições. Em seguida, o vendedor cria clareza e direciona a decisão por critérios; desse modo, o diagnóstico vira etapa central (discovery). Ao mesmo tempo, a conversa é adaptativa, baseada em escuta ativa, e, portanto, objeções viram dados para refinar solução e timing. Por fim, o sucesso é medido por resultado, retenção e expansão e não só por “assinar contrato

m resumo: na venda tradicional, o vendedor tenta “encaixar” o cliente na solução. Já venda consultiva, ele encaixa a solução no cenário real do cliente.

Quais são os 3 tipos de venda consultiva?

Embora existam várias classificações, três grupos ajudam a organizar o tema:

  1. Vendas diretas: contato direto e foco em fechamento rápido (loja, evento, visita, representante).

  2. Vendas indiretas: venda por intermediários (revendedores, parceiros, distribuidores).

  3. Vendas consultivas: abordagem profunda para mapear necessidades e recomendar a melhor solução, comum em contextos de maior complexidade e risco.

Para quais negócios a venda consultiva é indicada?

A venda consultiva pode ser usada em Inside Sales (venda interna), Field Sales (venda externa), B2B e até B2C. No entanto, ela brilha especialmente quando:

  • principalmente, o ticket médio é mais alto;
  • além disso, há mais de um decisor;
  • do mesmo modo, a compra impacta processos e rotina;
  • sobretudo, existe risco de implementação, troca de fornecedor ou investimento relevante;
  • por fim, a solução tem camadas (serviços, integrações, escopo, onboarding, SLA).

Em outras palavras: quando vender bem exige entender bem.

Qual é a importância da venda consultiva?

Acima de tudo, porque elas reduzem ruído e aumentam confiança. Num cenário em que o comprador já pesquisou, comparou e viu avaliações, o vendedor precisa entregar aquilo que o digital não entrega sozinho: contexto, priorização e direção.

Além disso, a venda consultiva:

  • aumenta a qualidade das conversas e, assim, melhora o avanço no funil;
  • eleva a taxa de conversão…
  • diminui cancelamentos… e, portanto, reduz churn;
  • fortalece relacionamento… e, consequentemente, aumenta LTV.

Vantagens da venda consultiva (com impacto em indicadores)

Além de beneficiar o cliente, a venda consultiva mexe diretamente no “painel” do líder comercial e da diretoria. Ou seja, não é só discurso: é desempenho:

  • Maior confiança do prospect no vendedor e na empresa;
  • Aumento do ticket médio (porque o cliente compra por valor, não por desconto);
  • Redução do churn (expectativas alinhadas);
  • Aumento do lifetime value (LTV) (retenção + expansão);
  • Redução do ciclo de vendas (decisão por critérios e clareza);
  • Melhores taxas de retenção e fidelização;
  • Clientes mais satisfeitos (e mais propensos a indicar);
  • Autoridade e credibilidade no mercado;
  • Melhoria no CAC médio (mais indicações, menos tempo em leads ruins, melhor eficiência do funil).

Em resumo: é uma técnica que traz resultados consistentes quando aplicada com método.

Leia mais (conteúdos recomendados):

Metodologia de venda consultiva: como funciona (da prospecção ao pós-venda)

Antes de mais nada, a venda consultiva não é uma “call inspiradora”: na prática, Ela é um processo:

1) Prospecção

O objetivo é gerar conversas com o perfil certo. Aqui, ajuda muito alinhar Marketing e Vendas para chegar nos leads com mais contexto (histórico, dores prováveis, comportamento).

2) Qualificação

Em seguida, o lead é segmentado: quem tem perfil e prioridade avança. Quem não tem, entra em nutrição. Assim, o time protege tempo e energia. Porém, uma dica prática: não trate como checklist. Em vez disso, use como bússola para conduzir uma conversa natural.

3) Diagnóstico (discovery)

Aqui acontece a consultoria. O vendedor escuta, aprofunda e identifica:

  • causas e sintomas;
  • impactos (custo/tempo/risco);
  • restrições e critérios de decisão;
  • urgência e prioridade real.

4) Apresentação e negociação

Com o diagnóstico em mãos, o vendedor apresenta a solução conectando cada parte ao cenário do cliente. Além disso, é a fase de:

  • tirar dúvidas;
  • ajustar escopo;
  • propor complementos coerentes (upsell/cross-sell) quando fizer sentido.

já na negociação, o foco é valor e viabilidade e não “briga de preço”. Objeção vira informação.

5) Efetivação (fechamento com alinhamento)

Finalmente, contrato fechado, entra o que muita gente ignora: alinhamento de expectativas. Transparência aqui reduz ruído lá na frente:

  • o que será entregue e quando;
  • quem faz o quê;
  • como será o suporte;
  • quais são os critérios de sucesso.

6) Acompanhamento no pós-venda

Para relacionamento duradouro, o consultor mantém contato e acompanha:

  • nível de satisfação;
  • necessidade de suporte e adoção;
  • progresso na resolução da dor principal;
  • oportunidades de expansão com base em valor.

Quais são as técnicas de vendas consultivas?

A metodologia organiza o caminho. As técnicas dão consistência no dia a dia.

BANT, GPCT e CHAMP: o que é cada uma (explicação breve)

  • BANT: Budget (orçamento), Authority (autoridade), Need (necessidade), Timeline (prazo);
  • GPCT: Goals (metas), Plans (planos), Challenges (desafios), Timeline (prazo);
  • CHAMP: Challenge (desafio), Authority (autoridade), Money (dinheiro), Prioritization (prioridade).

Fazer perguntas para estimular a conversa

Por exemplo, perguntas abertas (“como”, “por quê”, “o que acontece se…”) deixam o prospect confortável, aumentam profundidade e revelam o problema real. Além disso, uma boa pergunta economiza cinco slides.

Ter postura de conselheiro

Ainda assim, mesmo com roteiro, o consultor precisa adaptar o fluxo à realidade do cliente. Ele não “disputa” fala – ele conduz raciocínio.

Monitorar o processo completo (CRM)

Nesse sentido, venda consultiva não escala de cabeça. Com CRM, o time:

  • registra dores, contexto e critérios;
  • organiza próximos passos e follow-ups;
  • evita retrabalho e “voltar do zero”;
  • melhora previsibilidade e coaching de gestores.

As etapas de uma venda consultiva (modelo prático para aplicar)

Depois de entender a lógica, este é um modelo direto para usar como padrão:

  1. Pesquisa: estude cliente, setor, sinais de prioridade e cenário;
  2. Primeiro contato: perguntas abertas e personalização com base na pesquisa;
  3. Diagnóstico: mapeie impactos, prioridades e critérios;
  4. Proposta: apresente solução sob medida, orientada a resultado;
  5. Negociação: ajuste escopo, viabilidade e condições com foco em valor;
  6. Fechamento/efetivação: alinhe expectativas e formalize próximos passos;
  7. Pós-venda: acompanhe adoção, resultado e expansão.

O que é necessário para trabalhar com vendas consultivas? (habilidades e competências)

Um bom vendedor “tradicional” não vira consultivo automaticamente. Aqui está o pacote essencial:

  • Conhecimento profundo do produto/serviço (funcionalidades, limitações, casos de uso);
  • Comunicação + empatia + escuta ativaCapacidade analítica (ler contexto e traduzir impacto);
  • Negociação (construir acordo sem desvalorizar);
  • Adaptabilidade (cada cliente é um cenário);
  • Disciplina em CRM (cadência, histórico e previsibilidade).

Como fazer vendas consultivas: dicas práticas para dominar a abordagem

1) Crie conexão (rapport) antes de aprofundar

Sem confiança, o cliente responde no modo genérico. Com conexão, ele abre o jogo e a venda evolui.

2) Pergunte e saiba ouvir (de verdade)

Se algo não ficou claro, volte e aprofunde. Vendedor consultivo não tem medo de esclarecer – ele tem medo de avançar sem entendimento.

3) Faça follow-up com intenção

Retome pontos, confirme entendimento, registre próximos passos. Isso reforça confiança e mantém cadência.

4) Pesquise e alinhe (antes do contato)

Tamanho da empresa, objetivos, histórico de tentativa de solução, urgência e capacidade de investimento: isso melhora a abordagem e encurta o caminho.

5) Crie projetos personalizados (e valide)

Não force uma solução “tamanho único”. Apresente e valide: faz sentido? resolve? o que precisa ajustar?

6) Entenda as objeções reais

Pergunte o que preocupa, o que impede, o que muda se nada for feito. Objeção é dado – e dado bem usado aumenta a chance de fechamento correto.

7) Aproveite feedbacks

Objeções recorrentes são combustível para melhorar discurso, proposta, produto e funil.

8) Alinhe Marketing e Vendas

Com integração, Vendas recebe contexto e histórico para personalizar abordagem e aumentar taxa de avanço.

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