Em 2021, no auge das Olimpíadas de Tóquio, Simone Biles tomou uma decisão que chocou o mundo — e mudou a história do esporte. Ao priorizar sua saúde mental, ela disse “não” às finais de provas decisivas daquele ano.

O gesto, embora incomum, revelou uma força rara: a coragem de se respeitar, mesmo quando o mundo espera que você continue.

Essa escolha, mais que uma pausa, foi um grito de lucidez em meio à pressão. Em 2024, Biles voltou às competições com ainda mais força, conquistando novos títulos. Assim, reafirmou seu lugar como a ginasta mais condecorada da história, com 41 medalhas em campeonatos mundiais e olímpicos.

Na ATD 2025, Biles certamente abre o evento trazendo essa vivência como base para uma reflexão essencial ao mundo corporativo: como líderes e equipes podem (e devem) aprender a dizer “não” — sem culpa, sem medo e sem perda de valor.

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Dizer “não” não é recusar o trabalho — é reafirmar limites saudáveis.

No ambiente corporativo, muitos ainda enxergam o ato de dizer “não” como desistência ou desengajamento. No entanto, estudos mostram o oposto.

Uma pesquisa da University of California, San Francisco, revelou: quanto mais dificuldade uma pessoa tem em dizer “não”, maior a chance de sofrer com estresse, burnout e até depressão.

Outro levantamento, da Harvard Business Review, aponta: profissionais que estabelecem limites claros têm maior produtividade sustentável. São vistos como mais confiáveis e focados a longo prazo — por saberem priorizar com assertividade.

No contexto atual — com colaboração remota, hiperconectividade e múltiplas demandas — desenvolver a habilidade de dizer “não” com empatia e propósito virou um diferencial. Mas os colaboradores precisam enxergar isso dessa forma.

Quem é Simone Biles?

Nascida em Ohio, nos Estados Unidos, Simone Biles enfrentou desafios desde cedo. Filha de uma mãe dependente química, Simone Biles foi colocada em um orfanato aos três anos. Depois, seus avós a adotaram e se tornaram sua base familiar e emocional.

Foi nessa infância instável que ela descobriu a ginástica — um esporte que, no começo, era apenas uma atividade extracurricular. Tornou-se, depois, uma paixão transformadora. Ao longo da carreira, Biles não apenas reescreveu os recordes da ginástica artística mundial. Ela também rompeu barreiras sociais e culturais, tornando-se uma das vozes mais relevantes em temas como saúde mental, igualdade racial e inclusão.

Com cinco movimentos que levam seu nome — um feito inédito —, ela não só elevou o nível técnico da modalidade. Expandiu também os limites da representação e da presença feminina negra no esporte de elite.

Reconhecida por Forbes, TIME, Ebony e CNN como uma das mulheres mais influentes do século, Biles usa sua visibilidade para apoiar causas sociais. Atua especialmente em temas ligados à infância e ao sistema de adoção. Sua história não é só sobre medalhas.

Portanto, é sobre como talento, quando apoiado por amor, estrutura e propósito, pode virar uma ferramenta de transformação pessoal e coletiva.

Simones Biles na ATD Expo 25

A ginasta marcará presença na maior conferência de desenvolvimento de pessoas do mundo a ATD Expo, que este ano acontecerá entre os dias 18 e 21/05.

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