Por Fala T&D, direto da ATD 2025 | Washington, EUA
No palco da abertura do segundo dia da ATD 2025, a ginasta Simone Biles ofereceu à comunidade global de T&D muito mais do que um relato esportivo: entregou uma aula de coragem, identidade e transformação.
Sendo assim, foi com a leveza de quem enfrentou a elite do esporte mundial e a profundidade de quem ousou parar no auge, Biles compartilhou aprendizados que ressoam diretamente com o mundo corporativo – especialmente em tempos de pressão extrema por performance.
“Foi a primeira vez que entendi: eu valho mais do que o ouro”

Essa frase, dita por sua mãe logo após sua decisão de se retirar das Olimpíadas de Tóquio para priorizar sua saúde mental, marcou um ponto de virada pessoal e simbólico. “Liguei para minha mãe e ela disse: ‘Está tudo bem. Não faça. A gente está muito orgulhoso de você’. E foi ali que eu senti que meu valor não dependia de uma medalha”, contou Simone.
A decisão de se afastar das finais olímpicas, mesmo sob os olhos de todo o mundo, exigiu uma coragem que ultrapassa o físico. “Ginástica é perigosa. Se mente e corpo não estão em sintonia, o risco é enorme. E eu sabia que não estava bem”, explicou. Então, o episódio abriu espaço para uma nova conversa sobre saúde mental no esporte – e também nas empresas.
Liderança que escuta, acolhe e confia
Outro marco de sua trajetória foi a transição para uma nova equipe técnica após os Jogos do Rio. Ou seja, em vez de manter a mesma estrutura vencedora, Simone escolheu mudar de treinadores. “Eu precisava de algo diferente. Estava mais madura, vivendo outra fase. Queria alguém que me empurrasse para o meu melhor – sem me moldar a um padrão que não era o meu.”
A relação com Cecile e Laurent Landi, seus novos treinadores, tornou-se um modelo de parceria baseada em comunicação e confiança mútua. “Eles sabiam exatamente quando me empurrar e quando dizer: ‘Vai pra casa, descansa, amanhã a gente tenta de novo’. Essa sensibilidade fez toda a diferença.”
Simone Biles: Um exemplo de protagonismo que inspira líderes e organizações na ATD
Então, aos profissionais de aprendizagem e desenvolvimento presentes na plateia, a fala de Biles trouxe lições diretas: é preciso criar ambientes onde as pessoas possam dizer “não” sem medo. Portanto, onde bem-estar seja parte da estratégia. Onde a autenticidade valha mais do que o ouro.
Por fim, a provocação que ficou no ar: Será que sua empresa reconhece o valor de quem tem coragem de ser inteiro?