Por Fala T&D, direto da ATD 2025 | Washington, EUA
“Engajar não é suficiente.”
Com essa provocação, Danielle Wallace, Chief Learning Strategist da Beyond the Sky, abriu uma das sessões da ATD 2025, ao falar sobre como tornar o aprendizado eficaz.
Aliás, a palestra “Beyond Engagement” foi um chamado para que as áreas de T&D deixem de lado o foco em conteúdo e passem a projetar experiências centradas na performance real dos aprendizes.
“A maioria dos treinamentos ainda falha porque medimos o que as pessoas sabem — e não o que conseguem fazer com isso”, afirmou Wallace.
Mas, qual a solução? Wallace nos apresenta seis estratégias práticas para desenhar soluções de aprendizagem que gerem resultados mensuráveis e duradouros – indo além do modismo do engajamento e aterrissando no território da mudança comportamental.
6 alavancas para um aprendizado eficaz
- Desenhe para a performance, não apenas para o conhecimento: O objetivo não é que o colaborador saiba, e sim que consiga agir com confiança diante de desafios reais.
- Ofereça feedback de desenvolvimento: Sem devolutivas personalizadas, não há progresso real. Aliás, e a IA pode escalar isso com profundidade e agilidade.
- Ensine para aplicar, não apenas para entender: Aprendizagem eficaz exige prática deliberada — não basta transmitir conteúdo, é preciso fazer junto.
- Use storytelling como ferramenta de engajamento cognitivo: Histórias ancoram o aprendizado na emoção, tornando o conteúdo memorável e acionável.
- Dê suporte à performance com ferramentas práticas: Guias rápidos, checklists, simuladores e job aids ajudam o colaborador no momento da ação, não só durante o treinamento.
- Crie espaços de reflexão: O aprendizado só se consolida quando há tempo para pensar sobre a aplicação. Uma pergunta da sessão resume bem:
“O que você quer lembrar daqui a um ano?”
IA no centro da do aprendizado eficaz
Além disso, Wallace também apresentou um modelo de maturidade no uso de IA em T&D com três níveis:
- Nível 1: A IA apoia o time de L&D (criação de conteúdo, roteiros, quizzes).
- Nível 2: O aprendiz interage diretamente com IA, recebendo feedback personalizado.
- Nível 3: A IA se integra ao fluxo de trabalho — o aprendizado ocorre de forma invisível e contínua.
No Brasil, a maioria das organizações ainda está no primeiro estágio. Mas o futuro exige avançar rumo à personalização e à aprendizagem no momento da necessidade.
Feedback em escala, simulações reais e segurança emocional
Outro destaque da sessão foi o uso de simulações com IA para treinar habilidades sensíveis como conversas sobre saúde mental. Aliás, os dados mostraram que abordagens baseadas em aplicação prática dobraram a confiança dos participantes — enquanto os métodos tradicionais não geraram evolução.
Além disso, Wallace também conectou a teoria de Maslow à prática do T&D, reforçando que não há aprendizado sem segurança emocional, pertencimento e autoestima. Ignorar isso é perpetuar dinâmicas disfuncionais no ambiente de aprendizagem.
A provocação final: e o seu impacto?
A sessão se encerrou com uma autoavaliação poderosa para líderes e profissionais de L&D: Você cria tempo para reflexão? Usa storytelling? Dá suporte à aplicação no trabalho? Além disso, seu treinamento foca na performance ou na exposição de conteúdo?
Então, se a resposta for “não” para a maioria… talvez ainda estejamos presos no engajamento superficial — e não na transformação real.
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