Um pai presente importa: por que a humanidade é o diferencial competitivo do nosso tempo

Marcos Piangers encerra o CBTD 2025 com um chamado à reconexão: emoção, presença e afeto são os maiores legados que deixamos.

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No encerramento do 40º CBTD, Marcos Piangers emocionou o público com uma mensagem poderosa sobre presença, paternidade e humanidade no mundo do trabalho.

Conhecido pelo livro O Papai é Pop, Piangers trouxe mais do que histórias pessoais: fez um convite corajoso para reumanizar as relações profissionais e familiares.

Para ele, em um mundo que se digitaliza rapidamente, o diferencial dos líderes e profissionais não está nos dados, mas na alma. 

“Se o seu diferencial frente à IA é a emoção, então leve mais emoção para o trabalho. Se é a fé, a coragem, o choro… viva isso com intensidade. Porque um pai presente importa. E um humano inteiro importa ainda mais.” 

Aliás, a partir de sua trajetória de vida, marcada pela ausência paterna e pela escolha consciente de ser diferente do pai que não teve, Piangers propôs uma inversão de perspectiva: em vez de pensar em produtividade, pensar em presença. Então, em vez de reforçar a lógica da performance a qualquer custo, valorizar a afetividade, a escuta e o tempo de qualidade. 

Marcos Piangers: Presença é produtividade 

Para Piangers, a figura paterna ausente não é apenas um drama pessoal, mas um dado social e corporativo.

No Brasil, mais de 5,5 milhões de crianças não têm o nome do pai no registro. Cerca de 71% das adolescentes grávidas cresceram sem pai presente. E isso afeta não apenas o desenvolvimento emocional, mas também a saúde mental, o desempenho escolar e as relações futuras. 

Mais que dados, Piangers revelou como a ausência paterna também impacta as organizações. Sendo assim, líderes ausentes, que não escutam, que não se conectam com a equipe, perpetuam um modelo ultrapassado de comando e controle. E isso custa caro: engajamento baixo, adoecimento emocional e perda de talentos. 

“A masculinidade tóxica ensinou os homens a reprimir alegria, medo, tristeza e a só demonstrar raiva. Mas o problema é que, quando chegamos ao mundo corporativo, essa raiva vira liderança.” 

Para transformar esse cenário, Piangers defende um novo modelo de homem, de pai, de profissional; alguém que esteja inteiro onde está. Presente de corpo e alma. Então, capaz de chorar, sorrir, errar, pedir ajuda. Porque é isso que inspira. Isso que conecta. Isso que transforma culturas. 

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Organizações que cuidam também colhem 

Piangers apresentou estudos e dados mostrando que homens que cuidam vivem mais, têm menos comportamentos violentos, ajudam suas parceiras a avançarem profissionalmente e fortalecem o vínculo familiar.

E esse cuidado reverbera no trabalho: pessoas mais conectadas com sua humanidade tendem a colaborar mais, engajar mais e liderar melhor. 

Ele defendeu que a licença-paternidade estendida, o incentivo à divisão justa das tarefas domésticas e o acolhimento da parentalidade como tema corporativo são práticas que beneficiam não apenas as famílias, mas a cultura organizacional como um todo. 

“O homem que divide a criação dos filhos é o mesmo que divide responsabilidades no trabalho. A sensibilidade que ele desenvolve em casa também o torna um líder melhor.” 

Mais emoção, menos automatismo 

Ao abordar o crescimento da inteligência artificial, Piangers reforçou: a única coisa que nos diferencia das máquinas é a nossa capacidade de sentir.

Emoções, intuição, afeto e presença são o que a IA jamais poderá simular plenamente e é exatamente isso que devemos cultivar. O humano do futuro é aquele que não tem medo de se emocionar. 

Ele provocou o público: se quisermos construir organizações mais saudáveis, precisamos primeiro cuidar da nossa casa interna, dos nossos vínculos, da nossa história, do nosso modo de amar e estar com os outros. “Arruma o homem que você arruma o mundo”, resumiu. 

A nova liderança nasce na sala de casa 

A palestra não foi um apelo emocional vazio. Foi um manifesto embasado, político e urgente sobre o papel transformador da liderança afetiva. Piangers deixou claro: a liderança do futuro começa na sala de casa.

Começa com o pai que senta no chão para brincar, com o homem que ouve, que cuida, que chora. E que entende que isso não é fraqueza; é potência. 

“Você não precisa salvar o mundo. Mas pode salvar a sua casa. E isso já muda o mundo.” 

Por fim, Piangers destacou: criem espaços de escuta. Desenvolvam a coragem emocional. Incentivem a presença. Porque não há inovação sem conexão. E não há legado maior do que deixar o mundo melhor para quem vem depois.

Líderes mais humanos, que escutam ativamente sua equipe e promovem ambientes psicologicamente seguros, é o essencial que profissionais procuram.

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