Jogos de Azar: a ameaça oculta que pode desestabilizar suas equipes

Jogos de azar podem ser um poderoso contribuinte para a desestabilização de equipes e times, prejudicando a produtividade e a saúde mental.

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Uma aposta inocente em jogos de azar pode virar um problema sério. O que começa como uma pequena dose de adrenalina ao ganhar algo rápido pode, com o tempo, se transformar em um ciclo destrutivo de prejuízos financeiros e emocionais. Como resultado, o desempenho no trabalho é diretamente afetado.

Além disso, os jogos de azar, especialmente os online, estão crescendo entre profissionais e, por isso, se tornaram um desafio silencioso e preocupante para as lideranças.

Diante desse cenário, como identificar, prevenir e atuar? Descubra o impacto real desse problema e o que os líderes podem fazer para proteger suas equipes.

Impacto real: como os jogos de azar afetam o ambiente de trabalho

Jogadores compulsivos têm até 3x mais chances de desenvolver depressão, impactando diretamente foco, desempenho e produtividade no trabalho. Fonte (Lorains, Cowlishaw & Thomas)
Jogadores compulsivos têm até 3x mais chances de desenvolver depressão, impactando diretamente foco, desempenho e produtividade no trabalho.. Fonte (Lorains, Cowlishaw & Thomas)

Para Marcel Molina, líder de treinadores e multiplicadores da Bravend, “as pessoas esquecem que estamos lidando com o ser humano, e a questão dos jogos de azar, é que isso gera e impacta no emocional das pessoas“, como os jogos podem afetar a mentalidade das pessoas.

Afinal, colaboradores não desligam suas emoções ao entrarem na empresa. Portanto, problemas financeiros e emocionais decorrentes dos jogos de azar acabam atravessando as portas do ambiente corporativo, gerando sinais claros de alerta, como:

  • Uso excessivo do celular durante o expediente;

  • Atrasos frequentes (início do turno, almoços prolongados);

  • Queda na produtividade e menor participação em atividades de grupo;

  • Pedidos constantes de adiantamentos salariais, empréstimos ou férias antecipadas;

  • Sintomas emocionais visíveis: tensão, ansiedade ou falta de energia.

Segundo dados do Ministério da Previdência Social, o afastamento do trabalho devido a problemas relacionados a jogos de azar cresceu 360% entre 2021 e 2023. Esse aumento está diretamente ligado à explosão das plataformas online, bem como à facilidade de acesso a elas.

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Por que o problema cresceu tanto?

Atualmente, a tecnologia e os influenciadores digitais são grandes responsáveis pela disseminação dos jogos de azar online. Enquanto antes essas apostas eram restritas a locais físicos específicos, hoje estão a apenas um clique de distância.

O famoso “Tigrinho” e outras plataformas semelhantes explodiram no Brasil com promessas sedutoras de dinheiro fácil e ganhos rápidos. Ao mesmo tempo, influenciadores digitais promovem esses jogos, criando uma ilusão especialmente atrativa para jovens e profissionais emocionalmente vulneráveis.

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria, entre 1% e 3% da população já apresenta sinais de dependência patológica em jogos. Essa realidade, infelizmente, gera impactos sérios na saúde mental, nas relações interpessoais e, consequentemente, na produtividade profissional.

Saiba mais sobre jogos de azar serem um inimigo oculto das equipes 

A Responsabilidade do Líder: como prevenir e atuar

Uma liderança atenta pode ser o ponto de virada para quem luta silenciosamente contra o vício em jogos de azar.

Segundo Marcel Molina, líderes desempenham um papel fundamental na identificação e mitigação dos impactos causados pelos jogos de azar nas equipes. Nesse sentido, aqui estão ações práticas e que podem ser eficazes:

1. Reconheça os sinais e aja com empatia: Ao notar comportamentos incomuns, como nervosismo, isolamento ou queda no desempenho, procure conversar individualmente com o colaborador. Com um diálogo aberto e sem julgamentos, é possível entender melhor a raiz do problema.

2. Ofereça suporte especializado: Se a empresa conta com programas de saúde mental e educação financeira, é essencial promovê-los ativamente. Além disso, disponibilizar recursos como acompanhamento psicológico ou consultoria financeira pode fazer toda a diferença.

3. Invista em educação financeira: Promova rodas de conversa, palestras e treinamentos voltados à gestão de finanças pessoais. Assim, ensinar boas práticas financeiras pode evitar que os colaboradores entrem em ciclos de dívidas e apostas. Para Molina, não será invasão de privacidade o líder contribuir com uma educação financeira, desde que seja com muita empatia e com uma conversa sincera

4. Construa planos de carreira sustentáveis: Mostre aos colaboradores que ganhos reais e duradouros vêm por meio da dedicação e do progresso constante. Para isso, apresente trilhas de carreira bem definidas e compartilhe histórias de sucesso de pessoas que escolheram caminhos consistentes ao invés de atalhos.

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Prevenção: rodas de conversa e ações educativas

Antes que o problema se instale, a prevenção continua sendo o melhor caminho. Empresas podem adotar medidas simples, mas eficazes, como:

  • Workshops sobre os riscos dos jogos de azar;

  • Sessões educativas de finanças pessoais;

  • Storytelling com histórias reais de profissionais que superaram esses desafios;

  • Acompanhamento direto e conversas francas entre líderes e suas equipes.

Por fim, a geração atual, especialmente os jovens profissionais, precisa entender que o sucesso é uma jornada construída com tempo, esforço e consistência, e não um atalho impulsivo.

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