Com uma combinação de humor, provocação e ciência aplicada, Vania Ferrari subiu ao palco do CBTD 2025 para falar de um tema urgente a respeito da inteligência aplicada: como recuperar o foco, a energia mental e a capacidade de resolver problemas diante da vida acelerada, cheia de notificações e de “checklists infinitos”.
Para ela, a inteligência não é um privilégio de poucos, mas uma competência que precisa ser treinada como um músculo, especialmente em tempos de exaustão.
“A vida não pode ser acordar, passar nervoso e dormir. A rotina está estressante demais, e a única forma de sobreviver com saúde é ativar o nosso cérebro de forma inteligente.”
Segundo Vania, o segredo não está em eliminar os problemas, mas em aprender a lidar com eles de forma mais eficaz. E a chave para isso está na neurociência.
Inteligência aplicada é plasticidade + neurogênese em ação
Vania explicou que o cérebro humano tem duas capacidades fundamentais que precisam ser melhor aproveitadas no cotidiano organizacional:
- Plasticidade cerebral – a habilidade do cérebro de se reorganizar, aprender, mudar;
- Neurogênese – a geração de novos neurônios, especialmente quando desafiamos a mente com questões complexas.
“Problema é alimento para a sua inteligência.”
Aliás, o alerta veio acompanhado de uma metáfora certeira: nas empresas, a vida é como um checklist sem fim: assim que você resolve uma “treta”, outra entra na fila. A diferença entre quem colapsa e quem cresce está na forma como encara essa dinâmica.
Como o T&D ativa a inteligência das pessoas?
Vania lançou uma provocação direta: o que o T&D está fazendo para ajudar as pessoas a tomarem decisões melhores, mais alinhadas à estratégia do negócio?
Portanto, não basta fazer treinamento técnico; é preciso desenvolver a escala NASA de resiliência: um mindset preparado para reagir com inteligência em ambientes de pressão.
“Você sabe que os seus clientes internos são os grandes responsáveis pela sua promoção… ou pela sua demissão? Então por que não escutá-los mais e melhor?”
Além disso, a palestra reforçou a importância de fazer as perguntas certas: compreender o que o cliente interno realmente precisa, quais são os problemas reais (e não os sintomas), e como o T&D pode se posicionar como área estratégica de solução, não de execução mecânica.
Resolver problemas complexos é o trabalho mais nobre da inteligência
Para encerrar, Vania citou Marisa Monte: “Quem é mais inteligente: o livro ou a sabedoria?”. E completou com sua própria reflexão: “Inteligência é conseguir resolver um problema difícil”. A capacidade de pensar bem diante do caos é o que diferencia profissionais reativos de profissionais estratégicos.
“Nosso cérebro é uma coisa tão maravilhosa que todos deveriam ter um. Mas mais do que isso: todos deveriam usar.”
O convite final foi claro para líderes, educadores corporativos e profissionais de qualquer área: exercite sua inteligência aplicada todos os dias.
Portanto, encare os problemas como oportunidades. Desperte a potência cerebral. Afinal, o mundo não vai ficar menos complexo, mas nós podemos ficar mais preparados.