Estratégia de T&D: como aplicar a Brigada de Aprendizagem e transformar seu time
Nos bastidores das empresas, o time de T&D costuma ser o primeiro a ser cobrado e o último a ser ouvido. Muitas vezes pressionado por entregas urgentes, sem orçamento consistente e visto apenas como área de apoio, o setor precisa justificar sua existência o tempo todo. No entanto, é justamente ele o motor silencioso da evolução organizacional.
No CBTD 2025, Gustavo Brito, Chief Learning Officer e fundador do Cognita Learning Lab, trouxe uma provocação certeira: “Quem faz de tudo um pouco é Bombril. Seu time de T&D precisa ser uma brigada — não uma gambiarra.”
O que a cozinha francesa ensina sobre estratégia de T&D?
Inspirado no modelo criado por Escoffier, chef francês que estruturou a famosa brigada de cozinha, Gustavo propõe uma analogia poderosa. Em uma brigada, cada profissional tem sua função clara, com foco e especialização. Como resultado, há mais harmonia, menos retrabalho e uma entrega consistente.
Assim também deve ser o time de T&D. Em vez de profissionais multitarefas com entregas medianas, é possível montar um time de especialistas complementares:
- Joana, analista de dados (aprendizagem baseada em evidências)
- Carla, designer de experiências (arquitetura de trilhas e jornadas)
- Ana, comunicação interna (divulgação e branding do conhecimento)
- Cadu, logística e suporte (garante fluidez e continuidade)
- Mariah, liderança estratégica (orquestra e desenvolve o time)
Portanto, ao aplicar essa lógica, o T&D atua como uma agência interna de aprendizagem com alto desempenho.
Por que a estratégia de T&D precisa evoluir?
Em tempos de transformação constante, T&D que não entrega excelência perde influência. E sem influência, não há espaço estratégico. Além disso, os resultados tornam-se pouco visíveis para a organização.
Segundo Gustavo, uma estratégia de T&D bem desenhada deve considerar papéis claros, como:
- Designer de Experiências (desenho de soluções e curadoria)
- Especialista em Comunicação (engajamento e campanhas internas)
- Parceiros de Experiência (logística, jornada e suporte ao colaborador)
- Especialista em Performance (dados, volumetria e indicadores de ROI)
Desse modo, a estrutura se fortalece e passa a entregar valor real, com clareza, foco e consistência.
T&D como unidade de negócio: um novo posicionamento
Além de atender demandas, o time de T&D pode operar como uma unidade estratégica dentro da organização. Para isso, é necessário abandonar o improviso e investir em estrutura, papéis definidos e processos consistentes.
Aliás, na Bravend, temos acompanhado de perto a aplicação dessa lógica em diversas organizações. Quando o T&D se organiza como uma brigada, os resultados aparecem com mais agilidade, qualidade e reconhecimento institucional.
O que muda com a Brigada de Aprendizagem?
- Maior previsibilidade nas entregas
- Engajamento interno ampliado
- Redução de retrabalho e retraining
- Mais clareza na mensuração de resultados
Por fim, como destacou o palestrante: “A era dos generalistas medianos está acabando. A era das brigadas de excelência está só começando.”
Logo, investir em uma estratégia de T&D sólida e moderna deixou de ser diferencial. Agora, é uma exigência para organizações que desejam inovar, escalar cultura e manter talentos engajados em um cenário de mudanças constantes.