A princípio, o custo de contratar errado é um dos mais altos, e mais subestimados, dentro de qualquer empresa.
Além disso, estudos de mercado mostram que substituir um colaborador pode custar de 30% a até 400% do salário anual da pessoa, a depender do cargo e do nível de responsabilidade.
Porém, não estamos falando só de salário: entram na conta horas de RH desperdiçadas, queda de produtividade, retrabalho, desgaste de equipe e, muitas vezes, danos à reputação da marca.
Contudo, muito mais grave ainda é que boa parte dessas contratações erradas não acontecem por falta de competência técnica, e sim por desalinhamento comportamental e cultural.
Ou seja, o problema não está apenas em quem você contrata, mas em como você recruta, seleciona e toma decisões.
Apesar de tudo isso, a boa notícia é que processos de Recrutamento e Seleção podem (e devem) ser desenhados para reduzir drasticamente esse risco, com dados, ferramentas e métodos estruturados.
Por isso, se o seu time está sentindo na pele o custo de contratar errado, vale considerar investir em um processo mais estratégico. Conheça o treinamento de Recrutamento e Seleção da Bravend e Headhunters Academy.
O que é, na prática, uma contratação errada?
Em outras palavras, contratação errada não é apenas “aquele funcionário que não deu certo”. Na verdade, é qualquer admissão em que, em pouco tempo, fica claro que houve desalinhamento entre:
- o que a função exigia;
- o que o candidato conseguia entregar;
- e como o comportamento dele se encaixa (ou não) na cultura da empresa.
Em virtude disso, em muitos casos, o problema começa logo no início do processo:
- por exemplo, análise superficial de currículos;
- além disso, entrevistas pouco estruturadas;
- avaliação rasa de fit comportamental e cultural;
- decisões baseadas em “intuição” ou simpatia.
Em seguida, durante o período de experiência, alguns sinais clássicos de contratação errada aparecem:
- dificuldade de entender e respeitar políticas da empresa;
- além disso, problemas de relacionamento com pares, líderes ou clientes;
- entregas fora do prazo ou abaixo do esperado;
- resistência a feedbacks e a mudanças;
- incompatibilidade clara com a forma como o time trabalha.
Assim sendo, quando esses padrões se repetem, na prática você não tem “apenas um colaborador em adaptação”. Em suma, você tem um processo seletivo que gerou uma decisão equivocada, e isso custa caro.
Qual o custo de uma contratação errada?

Em suma, o custo de contratar errado nem sempre é visível, porém a empresa e o time sentem.
- Custos diretos da contratação errada
Em primeiro lugar, são justamente aqueles custos que aparecem claramente na planilha.
Recrutamento e Seleção;
- divulgação da vaga;
- horas de RH triando currículos, entrevistando, aplicando testes;
- eventuais consultorias externas.
Salários e benefícios
- remuneração paga durante o período em que a pessoa permanece na empresa;
- benefícios, encargos, férias proporcionais, 13º etc.
Treinamento e onboarding
- investimentos em treinamentos técnicos;
- tempo do gestor e da equipe para ensinar processos;
- materiais, sistemas, infraestrutura.
Custos de substituição e desligamento
- rescisão, aviso prévio, multas;
- um novo processo seletivo recomeçando do zero.
- Custos indiretos (os mais perigosos)
Por outro lado, os custos indiretos de contratar errado são, muitas vezes, os que mais pesam e, por conseguinte, são paradoxalmente os menos visíveis.
Queda de produtividade da equipe
- colegas cobrindo lacunas;
- retrabalho constante;
- atrasos em projetos.
Clima organizacional deteriorado
- conflitos internos;
- perda de confiança em lideranças e no RH;
- desgaste emocional e aumento de burnout.
Perda de clientes e oportunidades
- erros, mau atendimento, falhas de comunicação;
- negócios que deixam de ser fechados;
- reputação arranhada no mercado.
Turnover elevado
- bons profissionais pedindo demissão quando percebem desorganização, pressão excessiva ou falta de critérios nas decisões de pessoas.
Portanto, quando somamos tudo, contratar errado deixa de ser um incidente pontual e passa a ser um problema estrutural que consome caixa, tempo e energia estratégica da empresa.
Por fim, quer evitar isso? Conheça o treinamento de recrutamento e seleção da Bravend e Headhunters Academy. Acesse aqui.
Principais consequências de uma contratação errada

- Rotina sobrecarregada e queda na produtividade
Em primeiro lugar, quando alguém entra sem estar preparado ou alinhado, a operação trava:
- líderes gastam tempo “apagando incêndio” em vez de pensar estrategicamente;
- a equipe refaz entregas, revisa erros e assume tarefas extras;
- projetos atrasam, metas deixam de ser batidas e a sensação de “correria” vira padrão.
- Turnover alto e custos invisíveis
Como resultado, uma má contratação tende a terminar em desligamento, voluntário ou não. Isso:
- aumenta a rotatividade;
- consome orçamento com sucessivas reposições de vaga;
- quebra a continuidade dos projetos, principalmente em posições-chave.
Por conseguinte, em cargos de liderança ou alta especialização, uma única contratação errada pode impactar resultados por meses.
- Clima organizacional comprometido
Um colaborador que não tem fit com a cultura ou com o time:
- gera conflitos de comunicação e relacionamento;
- causa ruídos entre áreas;
- alimenta uma sensação de injustiça (“por que essa pessoa foi escolhida?”).
O time passa a se defender, e não a colaborar. O engajamento cai e, com ele, o desempenho.
- Impacto na qualidade do serviço e na marca empregadora
Quando a contratação errada está em posições de atendimento, vendas ou produtos:
- o cliente sente o impacto diretamente;
- experiências ruins viram reclamações, cancelamentos e críticas;
- a imagem da empresa se desgasta, tanto para o mercado quanto para futuros candidatos.
Em longo prazo, isso prejudica também o employer branding e, por consequência, afasta talentos qualificados.
O que costuma dar errado no processo de contratação?
Depois de olhar para os impactos, portanto, vale encarar o elefante na sala: onde, exatamente, as empresas mais erram?
Abaixo, alguns dos problemas mais comuns em Recrutamento e Seleção:
- Falha na definição do perfil da vaga
Sem alinhamento claro entre RH e liderança, acontecem erros como:
- descrições genéricas ou vagas demais;
- expectativas irreais (busca por “profissional sênior a preço de júnior”);
- pouca clareza sobre quais competências são realmente críticas para a função.
Como resultado, candidatos errados são atraídos, a triagem fica confusa e a probabilidade de contratar errado aumenta.
É por isso que a liderança precisa participar do processo de recrutamento e seleção. No treinamento Liderança Recrutadora, preparamos líderes para isso. Conheça aqui!
- Processos seletivos sem estrutura
Entrevistas improvisadas, sem roteiro, baseadas só em “bate-papo” são terreno fértil para vieses:
- decisões tomadas por afinidade pessoal;
- pouca comparabilidade entre candidatos;
- critérios subjetivos e difíceis de justificar.
Consequentemente, sem uma trilha clara de avaliação, o processo vira loteria.
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- Foco apenas em habilidades técnicas
Um dos erros mais apontados por consultorias globais é ignorar o comportamento.
O candidato domina a parte técnica, mas:
- não se adapta ao ritmo da empresa;
- não se conecta com os valores do time;
- não lida bem com pressão, mudanças ou colaboração.
Na prática, é alguém que “sabe fazer”, pois domina a parte técnica, mas não “faz junto”.
- Falta de inteligência comportamental e uso de avaliações inadequadas
Ademais, outro problema frequente é:
- uso de testes que não foram desenhados para seleção;
- ferramentas sem validação;
- ou simplesmente nenhum tipo de avaliação comportamental, só impressões subjetivas.
Assim sendo, sem dados, a empresa decide “no escuro”.
- Vieses inconscientes dominando a decisão
Exemplos típicos:
- preferir candidatos parecidos com o gestor;
- associar extroversão a alta performance;
- desvalorizar perfis mais analíticos ou introvertidos.
Desse modo, vieses não tratados levam a escolhas pouco diversas e, muitas vezes, menos competentes.
- Ausência de métricas e indicadores
Sem medir:
- tempo de preenchimento de vaga;
- qualidade de contratação (ex.: performance após 6 meses);
- taxa de aprovação da liderança e do time;
… a empresa não consegue aprender com os próprios erros e, por isso, segue contratando errado em escala.
Como reconhecer que você contratou errado?
Alguns sinais de alerta que o RH e a liderança precisam monitorar, principalmente durante o período de experiência:
- Desempenho consistentemente abaixo do esperado: Mesmo após treinamento e feedbacks.
- Dificuldade de integração: Conflitos frequentes, isolamento, resistência aos rituais da equipe.
- Baixo comprometimento: Atrasos, faltas, pouca iniciativa, desinteresse em aprender.
- Feedbacks negativos recorrentes: Da liderança, dos pares ou até de clientes.
- Alto custo de manutenção: Exige atenção desproporcional de gestores e colegas para “funcionar minimamente”.
Por isso, quanto mais cedo esses sinais forem identificados, menores os danos e mais rápido é possível corrigir o rumo, seja com desenvolvimento, realocação ou desligamento.
Sentiu que isso acontece com frequência? O treinamento Liderança Recrutadora é para você. Acesse aqui.
Como evitar uma contratação errada: 6 passos práticos
Em síntese, para reduzir o custo de contratar errado, é essencial ter método. Abaixo, um roteiro que qualquer empresa pode seguir e que ganha potência máxima quando o RH é capacitado para isso.
- Comece com um perfil de cargo cirúrgico
- Defina claramente responsabilidades, entregas e metas da posição;
- elenque competências técnicas e comportamentais indispensáveis;
- alinhe a senioridade, faixa salarial e expectativas com os gestores.
Assim, quanto mais claro o perfil, mais fácil atrair e filtrar os candidatos certos.
- Estruture o processo seletivo de ponta a ponta
Desenhe um fluxo padrão, por exemplo:
- Triagem de currículos baseada em critérios objetivos;
- Entrevista inicial (fit cultural/comportamental);
- Avaliação técnica (teste, case ou prova prática);
- Entrevista com liderança (com roteiro estruturado);
- Checagem de referências (quando fizer sentido).
Assim sendo, isso reduz vieses, aumenta a comparabilidade e melhora a qualidade da decisão.
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- Use entrevistas comportamentais (e não só “bate-papo”)
Aplique perguntas baseadas em situações reais, usando técnicas como STAR (Situação, Tarefa, Ação, Resultado). Exemplo:
- “Conte sobre uma situação em que você teve um conflito com um colega. O que aconteceu? O que você fez? Qual foi o resultado?”
Dessa maneira, esse tipo de abordagem revela como a pessoa age na prática, não só o que ela diz que faria.
- Avalie fit cultural e comportamental com método
Sempre que possível, utilize:
- ferramentas de mapeamento comportamental;
- modelos de competências ligados à cultura da empresa;
- comparações entre o perfil da vaga e o perfil do candidato.
Como resultado, isso torna a decisão menos emocional e mais baseada em dados.
Quer reduzir o custo de contratar errado?
O treinamento de Recrutamento e Seleção da Bravend e Headhunters Academy aprofunda justamente esse olhar: entrevistas estruturadas, avaliação comportamental e processos mais estratégicos.
- Invista em onboarding como etapa crítica do processo
Além disso, a contratação não termina na assinatura do contrato.
- Estruture um programa de integração claro;
- apresente cultura, processos e indicadores de sucesso da função;
- defina metas e marcos para o período de experiência;
- faça feedbacks regulares (30, 60, 90 dias).
Desse modo, o onboarding bem feito reduz o risco de uma contratação aparentemente boa “morrer na praia”.
- Meça, aprenda e ajuste o processo continuamente
Acompanhe indicadores como:
- % de aprovações após período de experiência;
- tempo médio de preenchimento de vaga;
- turnover nos primeiros 12 meses;
- satisfação de líderes com as novas contratações.
Portanto, sem esses dados, o RH não evolui; pelo contrário, apenas repete o que sempre fez.
Por que capacitar o time de RH e líderança é o melhor antídoto contra contratar errado
De fato, ferramentas ajudam. Além disso, metodologias ajudam. Sobretudo, quem muda o jogo são as pessoas que conduzem o processo.
Quando o time de RH:
- domina técnicas de entrevista estruturada;
- sabe ler e interpretar perfis comportamentais;
- entende de indicadores, custos e impacto de uma contratação errada;
- se posiciona como parceiro estratégico das lideranças;
… a empresa passa a contratar melhor, mais rápido e com muito menos desperdício.
Se hoje você sente que:
- o RH está mais operacional do que estratégico;
- a empresa vive “apagando incêndios” com demissões e reposições;
- líderes reclamam da qualidade das contratações;
Por fim, faz sentido dar o próximo passo.
Em conclusão, quer reduzir drasticamente o custo de contratar errado? Veja como o treinamento de Recrutamento e Seleção da Bravend e Headhunters Academy pode ajudar seu time a:
- estruturar processos seletivos mais assertivos;
- usar dados e inteligência comportamental nas decisões;
- alinhar RH e liderança para contratar certo desde a primeira vez.
Acesse aqui e conheça esse treinamento. As vagas são limitadas e essa é a última turma de 2025.


