Geração Z no mercado de trabalho: como reter talentos?

O que faz a Geração Z ficar? Veja como propósito, flexibilidade e T&D estratégico transformam retenção em inovação.

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Antes de mais nada, a pergunta que desafia líderes hoje é simples: afinal, o que faz a Geração Z ficar nas empresas? A resposta passa menos por salário e mais por coerência, propósito e conexão.

A Geração Z já ultrapassou os Baby Boomers em número de trabalhadores em tempo integral em 2024 e deve representar cerca de 30% da força de trabalho global até 2030.

No Brasil, são 48,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, segundo o IBGE. Porém, destes, quase 9 milhões ainda não estudam nem trabalham, um dos maiores riscos e, ao mesmo tempo, a maior oportunidade para empresas que sabem investir em talentos. 

Além disso, esse grupo chega ao mercado com expectativas inéditas: propósito, saúde mental, diversidade, flexibilidade e feedback constante. Aliás, ao mesmo tempo, pesquisas da Gallup revelam que o engajamento dos mais jovens caiu nos últimos anos, e 75% dos gestores afirmam que não querem liderar essa geração. 

“A comunicação com os jovens antes era uma estrada de terra: difícil, mas possível. Hoje virou um abismo. Se a liderança não construir pontes, a conexão não acontece”, provoca Elis Soares, líder de Cultura e Pessoas da Bravend. 

Portanto, esse abismo não pode ser ignorado. Ou seja, ele precisa ser transformado em ponte. 

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O que a Geração Z quer (e não abre mão) 

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Dessa forma, veja os principais pontos que a Geração Z não abre mão:

  • Propósito real: 86% só se sentem satisfeitos em empregos com propósito claro e coerente (Deloitte, 2024);
  • Saúde mental como prioridade: mais da metade relata altos níveis de estresse diário (Gallup);
  • Diversidade e inclusão: 82% rejeitam ambientes tóxicos e sem valores alinhados (iHire, 2024);
  • Carreira em transição: o Fórum Econômico Mundial prevê que terão, em média, 14 mudanças de carreira ao longo da vida;
  • Aprendizado contínuo: 42% acreditam que a melhor forma de se desenvolver é o treinamento prático no dia a dia (Indeed, 2024). 

“Nos três primeiros dias no trabalho, eles já decidem se ficam ou não. Se o que prometeram na vaga não bate com a realidade, eles saem”, reforça Elis. 

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O choque com as empresas tradicionais 

Por outro lado, enquanto jovens pedem autonomia, impacto e bem-estar, muitas empresas ainda operam sob modelos rígidos: hierarquias verticais, avaliação anual e carreiras lineares.

Esse descompasso gera rótulos (“falta de compromisso”, “insubordinação”), mas esconde um ponto central: a Gen Z não rejeita o trabalho, mas sim incoerência. 

Limpe o julgamento e quebre estereótipos. Eles não querem ser como você; querem construir o próprio caminho, com você como conselheiro”, lembra Elis. 

O papel estratégico do T&D 

Nesse contexto, nunca tivemos tantas gerações no mesmo ambiente de trabalho. E nunca foi tão urgente transformar o T&D em ponte. 

  • Trilhas por habilidades: em vez de cursos genéricos, conteúdos práticos ligados às competências que o negócio precisa;
  • Aprendizado experiencial: projetos reais, job shadowing, simulações;
  • Mentoria reversa: jovens ensinando líderes em digital, IA e novas formas de consumo;
  • Feedbacks contínuos: substituindo avaliações formais semestrais por conversas semanais curtas. 

É aqui que T&D deixa de ser custo e se torna infraestrutura de inovação e retenção. 

Conexão antes da presença 

Muitos líderes não entendem por que a Gen Z resiste a voltar ao escritório. No entanto, a resposta está no impacto da pandemia: esses jovens viveram a adolescência sem contato físico, aprendendo a se conectar de forma digital. 

“Eles foram roubados do tato. Queremos que se conectem presencialmente, mas antes precisamos criar vínculo emocional. Só então a presença fará sentido”, explica Elis. 

Portanto, isso exige que líderes desenvolvam novas habilidades: criar segurança psicológica, conversar sobre metas pessoais, entender sinais sutis de desengajamento. 

Veja também: Atalhos para liderar a Geração Z

Checklist para líderes e RH: você está pronto para engajar a Gen Z? 

  1. Minhas vagas comunicam missão e impacto ou só listam tarefas? 
  2. No onboarding, o jovem conhece clientes ou projetos reais até o 3º dia? 
  3. Tenho check-ins semanais de 15 minutos com meus liderados? 
  4. O feedback que dou é constante e bilateral? 
  5. Já tenho programas de mentoria reversa em andamento? 
  6. Minha empresa fala de saúde mental apenas em campanhas ou na prática? 
  7. Promovo diversidade também nas lideranças ou só na base da pirâmide? 

A chegada da Geração Z não é um “problema a ser resolvido”. É um chamado para atualizar a forma como lideramos, desenvolvemos e engajamos pessoas. 

Empresas que não entenderem isso vão perder talentos e relevância. Em contrapartida, as que aprenderem a construir pontes vão acessar uma força criativa sem precedentes, capaz de acelerar inovação, diversidade e sustentabilidade. 

Como resume Elis Soares: “Juventude se pega por contato. Se estivermos perto deles, todos ficamos mais jovens, e o ambiente de trabalho, mais inovador e sustentável.” 

A questão é simples: sua empresa vai resistir ao futuro ou vai escolher construí-lo junto com a Geração Z? 

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