Cultura organizacional inclusiva: agentes da cultura na prática
Sônia Lesse e Rony Santos compartilharam no CBTD Diversidade 2025 o case do Grupo Boticário, mostrando como formar agentes da cultura transforma a cultura organizacional inclusiva em realidade. Essa abordagem busca desenvolver pessoas que desenvolvem outras pessoas. Isso acontece por meio da educação, escuta ativa e práticas sustentáveis de diversidade e inclusão.
Por que cultura organizacional inclusiva precisa ser vivida?
Segundo Rony Santos, gerente sênior de ESG Diversidade no Grupo Boticário, o tempo de permanência em uma empresa não representa mais sucesso. As pessoas buscam ambientes saudáveis e seguros onde possam crescer. Portanto, uma cultura organizacional inclusiva é aquela que reflete a diversidade do país, da equipe e das histórias que compõem a empresa.
Além disso, como reforçou Sônia Lesse, fundadora da SL Educa, cultura e verdade não são absolutas. Elas se constroem coletivamente e devem ser refletidas nas atitudes diárias, não apenas em discursos de parede. Com isso, o ambiente se torna mais coerente e engajador.
Metas de diversidade precisam de atenção estratégica
Rony destacou que metas de diversidade mal formuladas podem gerar resultados contrários ao esperado. Assim, é necessário definir objetivos com critério, diálogo e cuidado. Isso evita que os números se tornem obstáculos ao invés de apoio para a construção da inclusão.
Educação é a base de uma cultura organizacional inclusiva
O projeto de agentes da cultura do Grupo Boticário mostra que mudanças sólidas só acontecem com educação. Rony lembrou que os efeitos de 350 anos de exclusão não se resolvem em um mês. Portanto, é necessário consistência e continuidade. Como ele disse: “Apaixone-se pelo processo da cultura”.
Inclusão começa no onboarding e continua no dia a dia
Durante a palestra, um ponto importante foi destacado: será que o seu onboarding realmente contempla todos os públicos? Frequentemente, a inclusão começa sendo negligenciada logo no início da jornada. Assim, garantir uma recepção inclusiva já demonstra o comprometimento com uma cultura organizacional inclusiva.
Duas práticas que transformam a cultura na prática
- Vitamina O (de “Outro”): Sair da bolha é essencial. É preciso buscar, com intencionalidade, outras perspectivas e histórias. Diversidade se alimenta da escuta ativa.
- Mentoria reversa: Quando lideranças escutam jovens e pessoas de grupos minorizados, ampliam sua empatia e atualizam sua visão de mundo.
Detalhes que sustentam a cultura organizacional inclusiva
Segundo Sônia e Rony, iniciativas sem profundidade correm o risco de serem superficiais e passageiras. Por isso, mapear as necessidades dos times e escutá-los de forma verdadeira é essencial para criar uma cultura organizacional inclusiva que evolui com o tempo.
“As futuras gerações vão olhar para nós e perguntar: eles faziam isso mesmo?”
Logo, incluir é agir agora com responsabilidade. Isso requer pessoas preparadas para transformar ambientes todos os dias, de forma consciente e coletiva.
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