Além da inteligência artificial: habilidades humanas no futuro do trabalho
No CBTD 2025, Luciano Santos trouxe uma reflexão provocadora: mais importante do que dominar novas tecnologias, como a inteligência artificial, é desenvolver aquilo que nos torna únicos como humanos. Por isso, autoconhecimento, empatia e pensamento crítico são algumas das habilidades humanas no futuro do trabalho que farão a diferença em um cenário em constante transformação.
O presente importa mais do que as previsões
Luciano, que é sócio-diretor da Fluxus Educação Corporativa e autor do livro Seja egoísta com sua carreira, iniciou sua apresentação com uma pergunta: por que insistimos tanto em prever o futuro se ele quase nunca acontece como esperamos? Afinal, muitas previsões tecnológicas feitas no passado não se concretizaram. Portanto, mais do que tentar adivinhar o que vem pela frente, é essencial agir no presente com foco no que podemos controlar.
Aliás, os dados reforçam essa urgência. Segundo um relatório recente da Gallup, 69% das pessoas estão desengajadas no trabalho. Isso indica que há um desequilíbrio entre o que se espera do futuro e o que está sendo feito agora para construí-lo. Diante disso, o autoconhecimento se torna uma competência essencial para qualquer profissional que deseja se manter relevante.
Habilidades humanas são insubstituíveis
Em um contexto no qual a tecnologia avança rapidamente, as competências emocionais e relacionais ganham ainda mais valor. Afinal, empatia, escuta ativa, colaboração e pensamento crítico são habilidades humanas no futuro do trabalho que a inteligência artificial não consegue replicar. Além disso, Luciano compartilhou um estudo do MIT que demonstrou: estudantes que usaram IA para escrever seus trabalhos apresentaram prejuízo cognitivo. Ou seja, deixaram de refletir sobre o conteúdo que produziram. Isso evidencia a importância de utilizar a tecnologia com senso crítico e protagonismo.
Use a IA como apoio, não como muleta
Durante a palestra, Luciano sugeriu uma abordagem prática: escrever primeiro com base no seu repertório e, só depois, usar a IA para revisar e apontar melhorias. Dessa forma, o profissional mantém a autonomia intelectual e fortalece a própria capacidade de análise. Assim, a tecnologia se torna aliada e não substituta do raciocínio humano.
O perfil pluralista é o futuro
Por fim, Luciano destacou que o futuro do trabalho não será dominado por especialistas fixos em um só tema, nem por generalistas rasos. O perfil ideal será o do pluralista. Ou seja, aquele que tem profundidade em algumas áreas e, ao mesmo tempo, sabe conectar diferentes saberes. Isso exige curiosidade constante e capacidade de aprender continuamente.
No entanto, ser pluralista não significa ser superficial. Muito pelo contrário. É preciso ter consistência em cada ponto de conhecimento e disposição para explorar além do óbvio. Portanto, profissionais com esse perfil terão maior adaptabilidade e valor estratégico nas organizações.
Assim, empresas e líderes precisam olhar para o desenvolvimento das chamadas soft skills. Afinal, essas habilidades humanas no futuro do trabalho serão o diferencial competitivo em um mundo cada vez mais automatizado e imprevisível.
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